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Visitámos o antigo Hospital Joaquim Urbano, onde funciona o Centro de Acolhimento Temporário Joaquim Urbano (CATJU), uma estrutura que, 24 horas por dia, acolhe homens e mulheres em situação de sem-abrigo. Nesse encontro com dirigentes e técnicos que diariamente enfrentam a realidade do terreno, ficou mais uma vez claro aquilo que já sabemos há demasiado tempo: a resposta pública, ou protagonizada por ONG’s e equipa de voluntários, para as pessoas em situação de sem-abrigo continua limitada à assistência imediata, sem uma estratégia verdadeiramente integrada e duradoura.

Acreditamos num Porto que se constrói com as pessoas, não apenas para as pessoas. A visita à Cooperativa 99 mostrou-nos que esse Porto já começou a nascer — e que o cooperativismo integral pode ser uma das chaves para o fazer crescer.

A estratégia de intervenção teve por base um inquérito participativo e social, conduzido pelo arquiteto Aitor Varea Oro, com o envolvimento direto das populações. Esta abordagem colaborativa assegurou que as novas habitações respondessem verdadeiramente às necessidades dos futuros residentes. Outro procedimento que garantiu uma relação de confiança absolutamente crucial foi o de o município assinar um contrato com os moradores assegurando o seu regresso à Lomba e a estas novas casas.

No âmbito da campanha eleitoral, regressámos, no passado Sábado 4, ao Mercado do Bolhão, um dos espaços mais emblemáticos do Porto. O Bolhão é mais do que um edifício histórico, é um coração pulsante da cidade, um símbolo do comércio tradicional, da vida comunitária e da resistência quotidiana de centenas de trabalhadoras e trabalhadores.