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João Semedo e Catarina Martins reuniram esta quarta-feira com os eurodeputados da Esquerda Unitária (GUE/NGL) para propor uma resposta europeia diferente da que tem levado ao "colapso económico" dos países em dificuldades, tornando-os "escravos da dívida". Renegociar e anular parcialmente a dívida é a única forma de promover a economia com políticas de emprego, defendem.

Em reação ao discurso do primeiro-ministro, o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, acusou o Governo de estar a preparar um brutal corte nos serviços públicos. José Reis, professor da Faculdade de Economia, defendeu que a proposta do executivo “não é reforma nenhuma, é uma agenda grosseira de natureza liberal de redução do Estado”.

Os dados do Instituo Nacional de Estatística vêm mais uma vez desmentir a narrativa do Governo e da troika. As políticas de austeridade não têm contribuído para a redução da dívida pública, mas para o seu aumento face ao PIB. Em 2012 a dívida aumentou 19,2 mil milhões de euros, 5,7 mil milhões, um quinto do total, dizem respeito à quebra do Produto Interno Bruto.

Dirigentes do Partido da Esquerda Europeia reuniram em Atenas para defender que os cipriotas têm o direito de decidir se desejam ou não submeter as imposições da troika a referendo. O PEE acusa a UE de "hipocrisia" no discurso contra a lavagem de dinheiro nos offshores, uma prática criminosa que Bruxelas sempre protegeu.