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A União Europeia, um dos espaços económicos mais ricos do mundo, tem 100 milhões de pessoas a viver na pobreza. Há tanta gente que mesmo trabalhando não consegue sair da pobreza e não há uma única medida concreta, nem para o emprego, nem para o salário que saia desta cimeira, que é por isso uma enorme desilusão.

O Bloco de Esquerda diz que as metas da Cimeira Social são "muito limitadas" quer em termos de redução de desemprego, quer em relação ao combate à pobreza. O partido organizou uma contra-cimeira, também no Porto, para alertar consciências e criticar a falta de ambição do pilar social europeu.

Na primeira iniciativa da contra-cimeira, o Bloco de Esquerda passou pela zona histórica do Porto para fazer um "paralelismo" com a União Europeia e criticar as suas prioridades e concluir que "não são as pessoas que contam em primeira instância".

Estivemos na Livraria Poetria, onde conversámos sobre a cidade que queremos e para quem queremos; sobre o esvaziamento de edifícios sem destino definido em termos de função e de tempo de inatividade; sobre a pressão dos proprietários que ameaçam, vandalizam e abandonam os espaços; sobre os atropelos a uma lei que já de si pouco assegura.