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Respostas públicas nacionais e locais são necessárias para acolhimento de refugiados

No dia 20 de junho celebrou-se o dia internacional do refugiado. No Porto, o Bloco de Esquerda visitou o Centro Comunitário São Cirilo.

 

O centro comunitário São Cirilo tem a seu cargo, neste momento, a resposta para 130 refugiados ucranianos.

 

Ficou evidente a dependência da solidariedade privada para as respostas a refugiados em termos de habitação. Todos os refugiados têm resposta temporária no âmbito de dois protocolos com duas instituições religiosas que cederam edifícios que estavam vazios - uma antiga residência estudantil e uma residência dos jesuítas em Esposende - e também famílias que cederam as segundas habitações em regime de comodato.

 

Por parte da autarquia estas respostas não são garantidas e não existe canalização de habitação pública do município para estas necessidades.

 

No caso dos refugiados ucranianos a mobilização civil foi bastante expressiva, mas outros grupos de refugiados têm muito poucas respostas, mormente na resposta habitacional.

 

Ficou ainda claro que existe uma resposta informal que se mobilizou inicialmente e que a falta de uma coordenação publica efetiva a nível local e nacional acaba por deixar estas pessoas em situações de grande fragilidade quando a generosidade do trabalho voluntário e excepcional precisa de respostas mais consistentes e permanenentes. Essa resposta pública de coordenação e identificação de necessidades poderia antecipar muitos dos problemas que agora se revelam com o prolongamento da necessidade de acolhimento temporário. 

 

A resposta que foi mobilizada e o voluntarismo que se identificou ao acolhimento de refugiados ucranianos, com uma onda de solidariedade, deixa-nos esperançosos que o acolhimento de uma forma geral da sociedade de refugiados de outras nacionalidades seja um tema mais visível e que a sociedade português esteja agora sensível para a necessidade de resposta a estas pessoas vítimas de guerra e de calamidades climáticas, que fogem em busca de refugio na Europa e, em menor número, no nosso país.

 

“Um desejo que uma aparente maior sensibilidade da sociedade