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O BE AS ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS

A campanha eleitoral para as Autarquias Locais de 2017 está prestes a encerrar. O próximo passo pertence aos eleitores a quem cabe escolher as forças políticas que irão gerir o município durante quatro anos e aqueles que irão fiscalizar a sua acção. Refiro-me à Câmara e à Assembleia Municipal, mas também aos autarcas das freguesias que são os representantes do Estado mais próximos de cada cidadão.

O Bloco de Esquerda construiu um Programa Autárquico em colaboração com muitos cidadãos do nosso concelho e após ouvir as mais diversos colectividades e outros organismos.

De acordo com o lema da nossa candidatura temos propostas para promover a defesa de uma Democracia amplamente participada e uma maior transparência de procedimentos dos actos executivos, que ajude à reconquista da confiança dos cidadãos eleitores, nos eleitos e na política.

Denunciaremos e combateremos todas as formas de caciquismo e de dependência, que a eternização no poder das mesmas pessoas ou partidos acarreta.

As maiorias absolutas não servem bem a democracia nem os cidadãos porque não exigem os condicionamentos resultantes da negociação e do compromisso.

Este programa abarca as questões sociais, como a habitação, os apoios sociais, o apoio aos idosos e às crianças e jovens, as acessibilidades e a mobilidade, mas também a educação e o ensino, o alargamento da prática desportiva a todos os cidadãos e a criação de políticas que promovam a criação de novos públicos culturais.

Nele abordamos a questão da reabilitação urbana e do turismo, preocupamo-nos com o mar e com a defesa do meio ambiente, com a despoluição das linhas de água que atravessam o nosso concelho e também não esquecemos os direitos dos animais.

Afirmamos a nossa oposição ao facto dos serviços públicos essenciais serem concessionados a privados sem garantias absolutas do seu cumprimento e sem um controlo muito apertado pelos órgãos autárquicos democraticamente eleitos. Nesse sentido propomos a remunicipalização da distribuição da água e a implementação de uma tarifa social, a exemplo do que acontece com a energia eléctrica, que garanta desconto às famílias com menores recursos.

Apresentamos propostas concretas para promover um desenvolvimento económico sustentado, respeitador do ambiente e que permita a criação de emprego com direitos; pelo apoio ao comércio tradicional de rua.

Fazemos propostas sobre a necessidade de apoio às pescas e à agricultura ainda existente, como forma de substituir bens que são importados, procurando assegurar assim, alguma autonomia alimentar, indispensável a um país que se quer independente.

Continuaremos a exigir uma Câmara sem trabalho precário, mesmo em relação aos auxiliares de acção educativa nas escolas e aos monitores das Actividades Extra Curriculares, AEC.

Debruçamo-nos sobre a necessidade de estabelecer uma verdadeira coesão entre as freguesias do concelho, para ultrapassar as diferenças notórias e já antigas entre as freguesias do norte, Perafita, Lavra e Santa Cruz do Bispo, que ainda mantêm alguma ruralidade que deve ser conservada e desenvolvida e as freguesias mais urbanas, que têm sido beneficiadas em termos de financiamento.

Procuramos fazer chegar estas propostas aos cidadãos de Matosinhos, privilegiando o contacto com as pessoas e o debate de ideias à implantação de florestas de cartazes, ou à distribuição de camisolas e outros brindes, que além de terem um caracter de infantilização da actividade eleitoral, ficam caros ao erário público, pois o seu custo sai dos nossos impostos.

Em Matosinhos há muitos anos que questões internas dos partidos políticos têm ensombrado as eleições, provocando uma abstenção crescente e o afastamento dos cidadãos da política. Esta situação não deve servir para secundarizar a questão principal que é a participação democrática no acto eleitoral.

O apelo que fazemos aos cidadãos de Matosinhos, é que procurem informar-se cuidadosamente das diferentes propostas apresentadas e que votem de forma consciente.

No domingo, dia 1 de Outubro, votem! Não consintam que outros decidam o vosso futuro, pois é o que sucederá se não forem votar.

Pelo nosso lado, continuamos a afirmar, e já o provamos, estar dispostos a assumir todas as responsabilidades que os eleitores nos queiram atribuir.

Votar BE é fazer a diferença como também já o provamos na Assembleia Municipal e no Parlamento.

Em democracia, o voto é a arma do povo.

26.09.2017