O Orçamento de Estado de 2019 incluiu nas suas medidas o Programa de Apoio à Redução Tarifária (PART), permitindo a aplicação do passe único e a redução das restantes tarifas nas áreas metropolitanas e Comunidades Intermunicipais (CIM). Entre as medidas do PART, consta o passe família, que limita a 80 euros mensais as despesas com passes de todos os elementos de um agregado familiar.
Em março deste ano, o Bloco de Esquerda alertou para o atraso na medida causada pela inação da AMP, dirigindo, por via da Assembleia da República, um apelo à explicação por parte do presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, e do presidente da AMP, Eduardo Vítor Rodrigues. Ambos rejeitaram o apelo para irem ao parlamento e o presidente da AMP apontou julho como o mês de uma possível aplicação de medida. Hoje sabemos que o Partido Socialista não está interessado em aplicar na região a medida que fez aprovar no parlamento nacional.
O Bloco de Esquerda dirigiu a 12 de julho uma pergunta ao Ministério do Ambiente e da Transição Energética questionando sobre a aplicação do passe família na AMP e alertando para as situações de inaceitável discriminação territorial causadas pela desarticulação entre as Áreas Metropolitanas e as CIM. O governo e a AMP devem uma explicação às famílias que perdem todos os meses com o atraso da medida. O Passe família tem que avançar na área metropolitana do Porto.