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Touros de morte: Bloco chama inspetor do IGAC ao Parlamento

A atrocidade associada à prática dos touros de morte tem sido retratada em episódios de violência extrema nas últimas semanas. O Bloco de Esquerda quer explicações da Inspeção-geral das Atividades Culturais no parlamento.

Tem circulado nas redes sociais, vários casos de Mortes de Touros que têm chocado a população. Primeiro deu-se nas festas da Moita, a 10 e 11 de setembro, com divulgação de vídeo da morte de um touro à paulada e ainda da morte de outro Touro por fratura da coluna.

Recentemente, foi divulgado um outro vídeo das festas de Monsaraz, onde se pode ver um touro indefeso e amarrado pelos cornos a ser apunhalado barbaramente. O animal, é assim morto a sangue frio e cobardemente na sequência de um ritual de profunda violência e demonstração do mais vil sadismo. Este acontecimento teve lugar no Castelo de Monsaraz a 8 de setembro, segundo denuncia da Plataforma Basta e teve também licenciamento da Inspeção Geral das Atividades Culturais. Sendo este um dos “pontos altos” das Festas de Nosso Senhor Jesus dos Passos, promovidas pela Misericórdia de Monsaraz.

Segundo a deputada Maria Manuel Rola "tamanha violência para com estes animais sujeitos a tais práticas não pode ser licenciado nas exceções culturais definidas em legislação, para além disso tem de haver uma posição concreta quanto ao que é evidente mau trato animal, como o que claramente se percebe nos dois casos descritos e iniciativas de prossecução cultural, o que evidentemente não pode ser o caso."

"Também não se compreende como a Inspeção Geral das Atividades Culturais exceciona tamanha barbaridade e não fiscaliza a implementação das exceções de forma a que a morte do Touro não implique violência ou mesmo barbárie sobre o mesmo. os animais dispõe de proteção jurídica desde o início de 2017 atribuído através da lei 8/2017 que reconhece a sua natureza de seres vivos dotados de sensibilidade", complementa a deputada bloquista. 

Na sequeência destes acontecimentos, o Bloco de Esquerda vai requerer a ida do Inspetor-geral do IGAC ao parlamento.