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Sonae: Trabalhadores da logística em greve no dia 24

Os trabalhadores da SONAE - Logística do polo da Maia e da Azambuja, vão fazer uma greve de 24 horas no próximo dia 24 para reclamar aumentos salariais dignos tendo em conta que os lucros da empresa cresceram mais de 5,6 por cento em 2015.

Num comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) refere que “os trabalhadores nos últimos anos foi quem mais teve perda de salário”, acrescentado que além desse facto “não têm categoriais profissionais com enquadramento e progressão idêntica aos trabalhadores das lojas”.

Desta forma, prossegue a nota sindical, “a MCH (logística) é a empresa que mais mal paga “se comparada “com os colegas das lojas de e de outras logísticas” dando como exemplo o “Dia Minipreço com 600 euros de salário base e o Lidl com 700 euros”.

Para o sindicato, os operadores de armazém que têm dez, quinze ou vinte anos de serviço e que são essenciais para o bom funcionamento da cadeia de distribuição auferem salários considerados “ridículos”.

Desrespeito pelos trabalhadores

A estrutura sindical sublinha ainda que os operadores de armazém com ordenados inferiores ao Salário Minímo Nacional (SMN) “vão beneficiar de um ajuste por força da lei e, desta forma, passarão a ganhar 556 euros.

“A empresa volta a cometer a mesma discriminação, ou seja, os novos contratos terão um ordenado superior aos operadores com dez e quinze anos de casa”, denuncia o comunicado sindical, notando ainda que os trabalhadores são obrigados diariamente a laborar a um ritmo intensivo desempenhando tarefas “altamente qualificadas na receção, conferência, preparação e expedição de encomendas”.

“A Sonae, enquanto membro e presidente da APED [Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição] continua a empurrar para as calendas a decisão das categorias e salários dos trabalhadores de armazém, a mando das grandes empresa (Sonae, Pingo Doce e Auchan)”, acusa o sindicato, sublinhando que “já foi desmarcada uma terceira reunião” o que demonstra à evidência que “não está preocupada nem com vontade de resolver as categorias e salários dos trabalhadores”.

Fonte : esquerda.net