O encontro com as Comissões de Trabalhadores da Efacec Energia e da Efacec Engenharia teve lugar na sede do Bloco no Porto esta segunda-feira. Os trabalhadores manifestaram a sua apreensão com o futuro da empresa e dos seus postos de trabalho, bem como em como das consequências dos danos reputacionais associados à participação de Isabel dos Santos no capital da Efacec.
Só no distrito do Porto, as empresas do grupo empregam cerca de dois mil do total de 2.600 trabalhadores ao serviço da Efacec. Com a divulgação dos Luanda Leaks, Isabel dos Santos anunciou a intenção de vender a sua posição de principal acionista da empresa.
“Perante este momento conturbado, o Bloco de Esquerda entende que compete não apenas às autoridades judiciais, mas também ao Governo português o acompanhamento do caso e a tomada de medidas que garantam a manutenção da empresa e a plena garantia dos postos de trabalho”, refere o deputado bloquista José Soeiro no requerimento entregue em conjunto com a deputada Isabel Pires esta terça-feira, dirigido ao Ministério do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social.
O Bloco quer saber que diligências estão a ser tomadas por parte do governo para encontrar uma saída para a situação, nomeadamente se estão a ser estabelecidos contactos com o governo angolano para abordar a situação da empresa. O objetivo, defendem os parlamentares bloquistas, devem ser a manutenção da Efacec como empresa de referência e a garantia dos postos de trabalho.