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Bloco defende mais residências para estudantes universitários

O Bloco de Esquerda esteve na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, numa ação que contou com a presença do deputado Luís Monteiro. Os bloquistas montaram uma estrutura a simular uma banca de alojamento local em frente à cantina, de forma a expor o abuso de preços provocados pela especulação. O Bloco distribuiu panfletos com a frase: “Aluga já a tua tenda, apenas por 600 euros”.

 

O objetivo foi criticar a especulação imobiliária crescente na cidade. Mais concretamente a que afeta os estudantes que se deslocam para o Porto para prosseguir estudos e não têm possibilidade de encontrar alojamento.

 

Além de pagarem das propinas mais altas da Europa, os estudantes portugueses e estrangeiros que se deslocam para as grandes cidades deparam-se com o entrave no acesso à habitação.

Lisboa e Porto são, neste momento, as cidades onde a especulação mais sufoca quem apenas quer um teto para viver, estudar e trabalhar.

 

A oferta que ainda existe comporta valores altíssimos, longe da possibilidade financeira da maioria dos estudantes.

 

Para o Bloco de Esquerda, “só há habitação gratuita e universal combatendo a especulação e garantindo acesso à habitação para tod@s”, como se pode ler no panfleto que distribuíram em frente à cantina da FCUP.

 

A falta de investimento em Ação Social tornou-se um pesadelo para quem deseja estudar no Porto. Em média, um quarto custa 275€ por mês e a oferta de camas nas residências estudantis não cobre nem 20% dos estudantes.

 

Para o Bloco de Esquerda é possível combater este problema. A solução para garantir o direito à habitação digna passa por “alterar a Lei do Arrendamento que Assunção moldou à medida dos grandes interesses financeiros”, lê-se no panfleto.

 

O Bloco já recomendou ao Governo o alargamento da oferta de vagas nas residências estudantis. Contudo, apesar dessa proposta ter sido aprovada, o Governo ainda não a cumpriu.