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Bloco vai apresentar pacote de medidas de emergência social

Bloco vai apresentar na AR um pacote abrangente de medidas para dar resposta à emergência social

Catarina Martins anunciou, nesta segunda-feira no Bairro do Aldoar no Porto, que o Bloco vai apresentar na Assembleia da República um pacote abrangente de medidas para dar resposta à emergência social.

Catarina Martins numa visita àquele bairro recordou que o Governo recusou há um mês uma proposta do Bloco de Esquerda que visava impedir o corte de água e luz a pessoas socialmente vulneráveis.

“No debate foi-nos dito que as tarifas sociais e o plano de emergência social do Governo estavam a dar resposta. Bem, no plenário da Assembleia da República pode-se dizer muita coisa. Estamos num bairro e a realidade mostra-nos que não é assim”, criticou.

Catarina Martins frisou que o Bloco não vai desistir e irá levantar de novo o assunto no parlamento, através da apresentação de “um pacote abrangente de medidas muito concretas de resposta à emergência social”.

“Medidas que são essenciais e urgentes porque é de direitos humanos e de crise humanitária que já falamos, infelizmente, no nosso país”, salientou a deputada.

Sublinhando a importância da água e da luz como “direitos humanos” reconhecidos pelas Nações Unidas, a coordenadora do Bloco considera “inadmissível” que em pleno século XXI existam crianças e idosos em condições de vida “deteriorada”.

Catarina Martins frisou ainda: “As próprias diretivas europeias sobre os mercados de água e energia na Europa preveem expressamente que os países possam atualizar as suas legislações de forma a responder às necessidades concretas das populações e proteger aqueles que estão socialmente mais vulneráveis”.

Segundo a agência Lusa, a presidente da Associação de Moradores do Bairro de Aldoar, Esmeralda Mateus, disse existirem no bairro 85% de famílias em situação “difícil”, com cortes de água e de luz. Esmeralda Mateus salientou que com os cortes no rendimento mínimo e os juros acrescidos nas prestações, “as pessoas não aguentam”, levando a associação de moradores a pedir apoio jurídico à Segurança Social.